23 março 2010

Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma. (Sl. 143:8-9a).

Em Timor Leste vivo uma descoberta a cada dia, seja uma nova palavra em Tetun, seja nas pequenas ações do dia com os timorenses. E nesse caso tenho sofrido em alguns aspectos, por causa do choque entre a minha cultura e a dos timorenses. Deus tem ministrado muito ao meu coração, me fazendo percebê-lo e me alegrar pequenas coisas que Ele me tem permitido viver.

Sigo com o aprendizado da língua e apesar das limitações da língua tenho me envolvido no Projeto Esperança, ajudando nos clubinhos bíblicos e na confecção de materiais para-didáticos.

Tenho vivido lutas pra conseguir meu visto de um ano com voluntária, sem esse visto preciso sair do país a cada três meses, o que me fazer perder tempo e recursos, além de ter que ficar estendendo o visto a cada mês. Já fui dar entrada umas 8 vezes no meu processo de visto, em cada vez eles exigem um novo documento, com seus períodos de espera, taxas e muita burocracia. Alguns missionários estão na espera há quase um ano!

Nesse período do ano é muito comum doenças como malária, dengue e viroses, mas Deus tem me mantido de pé, e tenho sido ajuda a amigos. Célia e Julia, amigas que dividem casa comigo, pegaram virose e a outra dengue. Com a graça de Deus estão boas. Há onze dias a Márcia, um velha amiga que conheci no seminário, começou com terrível dor de cabeça, febre e vômitos. Ficou internada em Dili, mas não foi diagnosticado dengue nem malária. Como o Timor ofrece infra-estrutura hospitalar mínima, Márcia foi encaminhada para Cingapura, fazer ressonância e exames mais detalhados. É de Cingapura que escrevo essa carta. Estamos esperando um diagnóstico, pois vim como acompanhante de Márcia e sua tradutora.

Voltando pro Timor terei mais três meses pra tentar conseguir meu visto de voluntária, caso contrario terei que sair novamente do país. Se Deus quiser, aceitarão meu processo. Orem a respeito.

Há duas semanas tivemos visitar de nossos líderes. Tivemos momentos preciosos juntos, m momento de comunhão e fortalecimento. Fomos desafiados a orar pelos alvos ministeriais para os próximos 10 anos aqui no Timor.

Assisti uma pregação em DVD de Paul Freston no V Congresso Brasileiro de Missões, e a coisa que mais me marcou foi quando ele disse que nós missionário precisamos nascer na nova cultura. Pra realmente nascer pensei com meus botões, preciso me permitir "morrer" em alguns aspectos culturais e de cosmovisão e isso, claro, causa algum sofrimento. Isto tem me ajudado a passar por esse período de adaptação e de choque cultural consciente de que é uma fase, como um parto, apesar do sofrimento vai gerar uma nova vida.

A saudade da família, igreja e amigos ás vezes apertam no peito, mas Deus é bom e tem me dado bons amigos e equipe aqui em Timor.

Orem comigo!!

- Pela saúde de Márcia, para que tenhamos um diagnóstico e tratamento correto;

- Por nossa viagem de volta ao Timor;

- Por minha aprendizagem do Tetun;

- Pelo meu visto de trabalho voluntario e de outros missionários;

- Por minha saúde e por condições financeiras para renovar meu seguro saúde, uma necessidade extrema nesse campo;

- Por toda equipe : o casal Mirna, Dayan e filhos, Andrea A., Andrea M., Célia, Jisoo e por mim.

Em Cristo nosso Senhor,

Polliana Pantoja Gorgonio Bezerra

P.O. BOX 87

Dili

Timor Leste

Um comentário:

Unknown disse...

Que Deuscontinue abençoando vcs aí em toda a Timor e que abençoe tb os missionários da Indonésia, como o Dorivam. Continuem firmes e nunca parem de lutar, a vitória com Cristo é sempre certa!
Júnia